A partida começou tensa, com menos de um minuto, Felix Brych apitava a primeira falta do jogo. A tensão era maior do lado do Sevilla, que não conseguiu atacar durante os primeiros minutos de jogo. Sem inventar, a defesa dos Rojiblancos fazia seu papel e não deixou Beto ser incomodado antes dos 10 minutos de jogo. As primeiras oportunidades claras do jogo foram do Sevilla, que levou perigo nos contra ataques. Aos seis minutos, Bacca tentou o chute, que foi bloqueado por Siqueira, no rebote, Luisão afastou. Pouco depois, Bacca foi lançado por Rakitic e saiu na cara do gol, porém o assistente marcava impedimento.
O jogo continuou muito pegado, com bastante faltas para ambos os lados. A primeira chance dos Encarnados veio apenas aos 14 minutos de jogo, Lima cobrou falta, a bola travessou a área e Beto precisou se esticar para evitar o gol, Garay pegou o rebote mas foi bloqueado por Moreno em cima da linha. Após o lance, Sulejmani reclamou de fortes dores no ombro, mas continuou em campo, no sacrifício, Jorge Jesus mandou Cardozo para o aquecimento. Pouco depois, Sulejmani voltou a reclamar da lesão, mas Jorge Jesus mudou de ideia e colocou o português André Almeida no lugar do sérvio.
Primeiro tempo foi de muita luta entre as equipes (Foto: Uefa)
O jogo seguiu sem muitas oportunidades, mas com muitas faltas. Aos 30 minutos de jogo, três cartões amarelos já haviam sido distribuídos por Felix Brych. Finalmente, aos 36 minutos, uma oportunidade clara de gol. O Sevilla fez uma bo ligação da defesa para ataque, Moreno chegou na entrada da área, cortou o marcador e bateu, Oblak bem posicionado fez a defesa. Três minutos depois, o Benfica respondeu, numa cobrança de escanteio, Luisão subiu mais que os zagueiros e desviou para o gol, a bola passou por cima da meta de Beto. Ainda antes do final da primeira etapa, Benfica teve duas chances para abrir o marcador, a primeira com Pereira, que erecebeu sozinho, cara a cara com o goleiro, Beto trabalhou bem e afastou o perigo, na segunda, Rodrigo chutou cruzado, Beto agarrou a bola.
O início do segundo tempo mostrou que, dali pra frente, o jogo seria diferente. O Sevilla teve a primeira oportunidade, mas quem levou mais perigo foram os Encarnados. Lima recebeu livre, tirou Beto da jogada e tocou para o gol, Pareja salvou quase em cima da linha, no rebote, nova chance para o Benfica, mas o chute foi bloqueado pela zaga Rojiblanca. O ritmo seguiu acelerado e o Sevilla respondeu, Reyes recebeu de cara para Oblak, mas foi pressionado por Luisão e chutou para fora, 2 minutos depois, Reyes teve outra chance, desta vez em chute forte de longa distância, Oblak defendeu em dois tempos.
O jogo seguiu aberto, mas as equipes pecavam na conclusão das jogadas. Gaitán arriscou de fora da área, Beto defendeu tranquilamente. Pouco depois, Fazio cortou mal e tocou contra a própria baliza, quase marcando contra. Dois minutos depois, novamente Reyes apareceu para dar trabalho à defesa Encarnada. Ele recebeu bom cruzamento da direita e fuzilou, Oblak fez grande defesa. A equipe do Sevilla viveu nos 15 primeiros minutos da etapa complementar seu melhor momento na partida, com várias chances de gol, mas não soube aproveitá-las. É também elogiável a atuação do goleiro benfiquista Oblak, que trabalhou bem quando preciso, evitando em algumas ocasiões, o primeiro gol do confronto.
Oblak trabalhou bem a salvou o Benfica em várias oportunidades (Foto: Uefa)
A partir dos 20 minutos da primeira etapa, a partida ficou mais equilibrada, com o Benfica aparecendo mais vezes na área adversária. Aos 70 minutos, Pereira descolou bom passe para o brasileiro Lima, mas o atacante furou o chute, desperdiçando uma das principais oportunidades da equipe. Um minuto depois, lá estava o Benfica novamente incomodando a defesa do Sevilla, mas Lima falhou na definição do lance e cedeu tiro de meta. O jogo seguiu equilibrado, mas com as equipes errando muito na finalização, poucas chances reais apareceram.
Depois de intensos 10 minutos de equilíobrio, a primeira grande chance apareceu. Lima arriscou de fora da área, Beto fez grande defesa, jogando pela linha de fundo. Na cobrança do escanteio, Garay cabeceou com perigo, por cima do gol de Beto. Sentindo bom momento, a equipe portuguesa dominou as ações ofensivas nos últimos minutos. Novamente, Garay teve a chance no último minuto. Após confusão na área do Sevilla, o zagueiro emendou um voleio, a bola passou ligeiramente por cima do gol.
Na prorrogação, o cansaço físico pesou. Logo no início do tempo extra, M'Bia e Gomes se chocaram e ambos precisaram de atendimento médico, porém nada marcou Felix Brych. Lima levou perigo em cobrança de falta aos 98 minutos de jogo, Beto espalmou e a zaga afastou a bola. Dois minuts depois, Bacca recebeu com espaço na intermediária adversária, porém concluiu mal e desperdiçou a oportunidade. Vale loembrar que o colombiano sofria com cãibras durante a prorrogação.
Bacca lamenta oportunidade perdida no primeiro tempo da prorrogação (Foto: Uefa)
Já na segunda parte do tempo extra, o Sevilla apostou numa pressão nos minutos iniciais. Gameiro recebeu bom passe pela direita e bateu cruzado, a bola bateu na rede pelo lado de fora. A partir dos 110 minutos de jogo, as equipes pouco ameaçaram, principalmente pelo fato do cansaço após um jogo muito equilibrado como foi o tempo regulamentar de Sevilla e Benfica. Além disso, como já diz o ditado "o medo de perder tira a vontade de ganhar", e as equipes terminaram mesmo no 0 a 0.
O jogo foi para o drama dos pênaltis e o primeiro escolhido foi o brasileiro Lima, que teve pelo menos duas chances claras de marcar. Mas o brasileiro não decepcionou; na sequência, Bacca empatou a série em 1 a 1. Óscar Cardozo, que havia entrado já na prorrogação, era o encarregado da segunda cobrança. Porém, o paraguaio não conseguiu passar pelo goleiro Beto, que se adiantou antes da cobrança da penalidade. Log depois, M'Bia colocou os espanhóis em vantagem, 2 a 1. Rodrigo precisava marcar para manter o Benfica com chances reais de título, novamente Beto apareceu e se consagrou como um dos heróis da noite. O título ficou ainda mais perto depois da cobrança convertida por Coke. Dependendo somente de si para ser campeão, o Sevilla viu a festa do título ser adiada pelo pênalti convertido por Luisão, mas logo depois, Gameiro marcou e explodiu a torcida espanhola presente no Juventus Stadium.
Com o título, o Sevilla conquista o tricampeonato da competição europeia, o primeiro na era da Europa League. O clube é o maior vencedor espanhol da história da competição seguido por Real Madrid e Atlético de Madrid, com dois títulos cada. A Espanha também é o país com mais título na era Europa League, com três triunfos. Para o Benfca, resta lamentar o segundo vice-campeonato consecutivo, e ainda a persistência da famosa maldição de Béla Guttmann, que assombra os Encarnados desde 1962.
Equipe do Sevilla comemora o tri-campeonato da UEFA Equeopa League (Foto: Uefa)
Ficha Técnica
Sevilla: Beto; Coke, Pareja, Fazio, Moreno; M'Bia, Carriço; Reyes (Marin min. 78) (Gameiro min. 104), Rakitic, Vitolo (Figueiras min. 110); Bacca.
Formação: 4-2-3-1
Técnico: Unai Emery
Benfica: Oblak; Pereira, Luisão, Garay, Siqueira (Cardozo min. 99); Gomes, Amorim, Gaitán (Cavaleiro min. 119); Sulejmani (Almeida min. 25), Rodrigo, Lima.
Formação: 4-3-3
Técnico: Jorge Jesus
Gols: Não houve
Estádio: Juventus Stadium (Turim/Itália)
Público: 33.120
Árbitro: Felix Brych (Alemanha)
Cartões Amarelos: Fazio (min. 11), Moreno (mn. 13), Siqueira (min. 30), Coke (min. 98)
Cartões Vermelhos: Não houve
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