Logo nos primeiros minutos de jogo, um forte temporal desabou em São
Januário, aumentando ainda mais a sensação de frio no Rio. A torcida, no
entanto, pouco se abalou e continuou cantando. Só parou quando Cris, o
estreante da noite, furou ao tentar cortar um cruzamento, e a bola
sobrou limpa para Barcos, que chutou no canto. O gol caiu como uma luva
para o time de Renato Gaúcho, armado com três zagueiros e três volantes,
que congestionavam o meio-campo e tentavam sair em velocidade para
surpreender o rival. O Vasco, desorganizado, não conseguia articular uma
jogada sequer, e o cenário não era nada animador.
Entrou em cena, então, Juninho. Ele ajeitou a bola para uma cobrança de
falta da esquerda. A bola foi venenosa, Alex Telles escorou contra o
patrimônio, e o Vasco estava novamente no jogo. O gol deu confiança, e o
time se lançou com mais energia ao ataque. Mas outra ducha fria estava a
caminho, a bordo do míssil de Ramiro, que entrou no ângulo de Diogo
Silva. A equipe gaúcha voltou a se fechar bem e praticamente não foi
mais ameaçada.
Dorival Júnior voltou para o segundo tempo com Montoya e Tenorio nos
lugares de Pedro Ken e Eder Luis para tentar ganhar mais poder ofensivo.
Mas foi o Grêmio que apareceu com as melhores oportunidades e logo
ampliou sua vantagem, explorando em contra-ataque os espaços criados na
defesa do Vasco. Depois de Pará acertar a trave em contra-ataque, Barcos
dominou na entrada da área, ganhou com facilidade de Cris e Abuda e fez
3 a 1 com belo chute colocado.
Os jogadores vascaínos saíram em busca da reação,
mas esbarraram em uma atuação muito segura do Grêmio. Compacto, o time
gaúcho dava poucos espaços e ainda conseguia se arriscar na frente,
aproveitando-se da postura mais ofensiva do adversário. Nos minutos
finais, o jogo ficou praticamente um exercício de ataque contra defesa. O
Grêmio mal passava do meio-campo, e na base da vontade o Vasco
conseguiu diminuir, com o atacante André, de cabeça.